34ª Bienal de São Paulo estende programação até 2021; exposição coletiva será no ano que vem

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A Fundação Bienal de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (1º) que a mostra coletiva da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto será transferida para o período de 4 de setembro e 5 dezembro de 2021, no Pavilhão da Bienal. Com isso, a presente edição, que iniciou suas atividades públicas em fevereiro de 2020, se estenderá até o final do ano que vem.

Ao modificar o formato desta edição, expandindo-a ainda mais no tempo, a Fundação Bienal e a equipe curatorial reconhecem o profundo impacto da pandemia e das crises sanitária, econômica, política e social que ela acentua, e, ao mesmo tempo, entendem que o encontro com a arte e a cultura é fundamental para uma sociedade processar coletivamente seus lutos, ansiedades, medos e traumas.

A mudança foi proposta pela Diretoria Executiva, após cuidadosa deliberação com a curadoria desta edição e membros do Conselho de Administração e do Conselho Consultivo Internacional, e aprovada pelo Conselho de Administração em reunião de 30 de junho de 2020. Na mesma ocasião, também se deliberou sobre a alteração permanente da realização das Bienais para anos ímpares, de forma que a 35ª edição da mostra acontecerá em 2023.

De acordo com o estatuto da instituição, com a extensão do calendário expositivo da 34ª Bienal, o mandato do presidente da Fundação Bienal de São Paulo, José Olympio da Veiga Pereira, e de sua Diretoria Executiva, são automaticamente prorrogados até dezembro de 2021. A eleição para presidência da Fundação inicialmente prevista para dezembro deste ano fica assim adiada para o final do próximo. Por estar em seu primeiro mandato, o atual presidente ainda poderá concorrer à reeleição.

Adaptações no projeto

Com a alteração do calendário desta edição, a 34ª Bienal, que já se ampliava no tempo e no espaço, se estenderá por mais um ano. Uma programação intermediária está sendo elaborada, envolvendo ações educativas, digitais e de programação pública, e será anunciada oportunamente. Como parte das ações realizadas desde o início do período de isolamento social, a Fundação Bienal lançou, em maio, o site da 34ª Bienal e, em junho, a publicação educativa desta edição, Primeiros ensaios, com três dias de encontros on-line, os quais atingiram mais de 3 mil visualizações.

Além disso, a rede de instituições parceiras permanece como um dos eixos curatoriais centrais à 34ª Bienal. Assim como, inicialmente, a parceria com esses espaços foi negociada individualmente, de acordo com as potencialidades e necessidades de cada instituição, as eventuais adaptações partirão de um novo diálogo curatorial entre a Bienal e cada um desses equipamentos. Nesse âmbito, também em junho, foi aberta a exposição individual da fotógrafa estadunidense Deana Lawson, Centropy, no Kunsthalle Basel (Basileia, Suíça), uma das colaborações internacionais da 34ª Bienal de São Paulo.

Com Jacopo Crivelli Visconti como curador geral, Paulo Miyada como curador adjunto e Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez como curadores convidados, a 34ª Bienal foi concebida como uma exposição em processo, que além de apresentar e problematizar obras, artistas e questões centrais à produção artística e à sociedade contemporâneas, também reflete sobre o próprio processo de concepção e organização de um evento desse porte. Coerentemente com a metodologia de uma exposição que se constrói e se adensa em etapas, a necessidade de repensar ritmos e modelos é agora incorporada ao processo curatorial, que será detalhado ao público em breve.

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