Inscrições abertas: Projeto Aula é um mergulho oportuno para pensar o mundo por meio da arte

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Foto: O espaço entre nós (2019), Sarah Uriarte e Kim Coimbra. Reprodução

Se arte existe (também) para fazer perguntas e abrir caminhos, investigar os movimentos contemporâneos é uma demanda oportuna diante de questões tão atuais: desassossego, distanciamento, vírus, instabilidade política, econômica e social. No Projeto Aula, a curadora, artista e professora Kamilla Nunes propõe um imprescindível espaço para compartilhamento de pesquisas e referências sobre arte contemporânea, política e curadoria. O programa de aulas está na segunda edição e é dividido em oito encontros virtuais, de 18 de junho a 6 de agosto, sempre nas quintas-feiras. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas.

As aulas são dialógicas e contam com recursos de imagens, entrevistas e textos, alguns inéditos, que servem para contextualizar questões, conceitos e a própria trajetória de artistas. Dessa forma, cria pontes principalmente para os participantes que têm pouco contato com a arte contemporânea. Cada encontro tem uma bibliografia específica, indicada para quem deseja seguir com as próprias pesquisas em casa.

Proposições do Grupo Fluxus (foto) serão a base do encontro sobre arte conceitual no dia 2/7

Além de transitar por conceitos e exemplos sobre arte conceitual, espaços de circulação e projetos de curadoria, Kamilla propõe uma imersão na arte contemporânea de Santa Catarina, sobretudo a que tem formação a partir dos anos 2000.

— Essas gerações têm me interessado porque se aproximam das minhas pesquisas e contatos. A construção das aulas passa por conversas e entrevistas com artistas. São materiais que não estão disponíveis na rede e que contribuem para aproximar e desmitificar a ideia que se tem sobre arte. Também convido alguns artistas para que participem de algumas aulas e compartilhem seus pontos de vista e processos criativos — detalha Kamilla.

Do Cais ao Jitsi Meet

O Projeto Aula | Arte, Curadoria e Política é um desdobramento do grupo de estudos que há um ano se reúne semanalmente no Espaço Cais, uma sala de estar / sala de aula / ateliê criado por Kamilla Nunes e pela pesquisadora Aline Natureza no Centro de Florianópolis. Depois da pandemia, os encontros passaram a ser virtuais e a possibilidade de novas turmas foi oportuna.

— A arte pode estar e/ou acontecer em qualquer lugar, pode ser parte do nosso cotidiano e dos nossos gestos. O que desejo com esse curso é que possamos juntos investigar essas práticas, trocar referências, articular nossos conhecimentos e com isso transformar um pouco nossa visão e apreensão do mundo, das coisas e da própria arte — diz a artista.

Cabeças de açúcar: obra do artista baiano Caetano Dias, tema do estudo de caso no dia 6/8

Programa

18/6 – A arte e seus espaços de circulação: Espaços impressos

25/6 – A arte e seus espaços de circulação: Espaços Autônomos de Arte Contemporânea

2/7 – Arte Conceitual: trabalhar apenas com o que está à mão

9/7 – Introdução à curadoria: algumas exposições nada exemplares

16/7 – Arte Contemporânea em Santa Catarina (parte 1)

23/7 – Arte Contemporânea em Santa Catarina (parte 2)

30/7 – Estudo de caso: Lais Myrrha

6/8 – Estudo de caso: Caetano Dias

Como funcionam as aulas

Oito encontros de 120 minutos cada, todas as quintas-feiras, das 9h30 às 11h30. As aulas são realizadas ao vivo pelo aplicativo Jitsi Meet. Inscrições aqui.

Kamilla Nunes é artista, curadora independente, crítica de arte e professora, atualmente doutoranda no Programa de Pós-Graduação do Ceart/Udesc. Foi gestora do Espaço Embarcação, em Florianópolis [2015 a 2018], curadora do Espaço Cultural O Sítio [2015] e diretora do Instituto Meyer Filho [2010 a 2014]. Integrou o grupo de curadoria de Frestas Trienal de Artes [SESC, 2014, Sorocaba] e idealizou a Rede Artéria em parceria com o artista Bruno Vilela. É curadora do programa de exposições do Memorial Meyer Filho desde 2008 e autora do livro Espaços autônomos de arte contemporânea (2013). Atualmente pesquisa e ministra aulas sobre Arte Brasileira Contemporânea e está desenvolvendo um processo de criação que fricciona campos do conhecimento, como a psicanálise e o materialismo histórico.

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