Doc sobre turnê lendária do Toucinho Trio por SC será lançado no YouTube

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Toucinho Trio: Giann Thomasi, Toucinho Batera e Fábio Carlesso. Fotos: Divulgação

Em 2009, o mestre Lourival José Galliani, o Toucinho Batera, embarcou numa van junto a Fábio Carlesso (guitarras) e Giann Thomasi (sax) para uma turnê de seis dias por Santa Catarina. Conduzidos pelo motorista Nelsão da Van, os cineastas Alan Langdon, Guilherme Ledoux e José Rafael Mamigonian se juntaram ao trio e registraram a aventura musical. Do virtuosismo instrumental às conversas com o público a cada show, passando pelos bufês a quilo, quilômetros de estrada e devaneios estéticos-espirituais-filosóficos, as memórias dessa jornada estão no documentário Nada Precisou Ser Refeito. O longa estreou em 2018 e depois de circular por festivais e cineclubes, ficará disponível ao público a partir do dia 25 de julho no canal do projeto no YouTube, Sistema de Animação.

Toucinho Batera é reconhecido como um dos mais célebres bateristas do Brasil, respeitado por músicos de diferentes gerações e referenciado como gênio, não só pelo talento artístico, mas pela sensibilidade e criatividade. O documentário, além de ser um registro importante da produção musical autoral do trio e de outros mestres da cena instrumental brasileira, é também um retrato bem humorado do artista. Uma mistura de road movie com cenas de shows, bastidores e boa conversa.

Toucinho Batera

Com direção de Alan Langdon e Guilherme Ledoux, o longa é consequência de um primeiro filme, Sistema de Animação, curta-metragem premiado em festivais. Foi possível graças a campanhas de financiamento coletivo que viabilizaram o projeto.

— O doc tem essas três linhas narrativas, cronológicas, mas que foram acontecendo assim, enquanto viajávamos. É uma mistura de música com situações inusitadas e engraçadas da estrada e hotéis e ainda o terceiro elemento, que foram as conversas depois dos shows — diz Alan Langdon.

O filme é também a crônica de um tempo, num registro feito com as câmeras disponíveis na época, a partir das limitações e jeitos diferentes de manusear equipamentos.

— Não queríamos ter demorado tanto tempo, mas aconteceu. E por fim ficou como uma máquina do tempo. A gente consegue até esse distanciamento para ver a própria imagem e contar essa história — comenta Langdon.

Além do documentário, disponível a partir das 20h do dia 25 de julho, o canal Sistema de Animação reúne outras produções do projeto. Conheça aqui.

Guilherme Ledoux, Toucinho e Alan Langdon

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